Publicado em: 12/05/2022

No interior de Minas Gerais há um talento em discotecagem, produção musical e produção de eventos que cria um diálogo musical interessante entre tech house minimalista e música brasileira. Basta abrir um set de Pitros no Soundcloud e você verá essa união entre estilos acontecendo plenamente, com menções que podem passar por Baco Exu do Blues, Tom Jobim, Mac Júlia, Djonga e Jho Roscioli. 

O mantra de Pitros nas redes sociais é simples, mas diz muito: "estou fazendo sons estranhos e ME DIVERTINDO!". É com esse semblante focado em deixar as pessoas felizes nas pistas de dança que Pitros vem conquistando cada vez mais seu espaço entre selos como Tropical Club e Price Incorrect, além de clubs e festas mineiras, criando verdadeiras folias eletrônicas, herança que ganhou da família carnavalesca. Decidimos pegar com ele 5 dicas para quem também quer passar a misturar Brasil e tech em suas apresentações.



VALORIZE O VOCAL

Primeira dica e mais óbvia: se apossar de música com vocais nacionais. Ainda há um preconceito em relação à nossa língua na música eletrônica, por mais que a maior parte da música eletrônica conhecida seja estrangeira, já está mais do que na hora da gente trazer vocais nacionais e músicas genuinamente brasileiras e também exportar esses sons com vocais em português.

PERCUSSÃO

Existem muitos tech-houses com o baixo percussivo feito com tons ou kicks, muitas faixas cavalgadas que fazem bom uso da síncope e tem grooves mais soltos. Essas faixas percussivas são excelentes ferramentas para que se possa mixar com algo mais abrasileirado, seja um samba ou até mesmo um funk.

PODER LATINO

A utilização de faixas latinas e/ou com vocais em espanhol também são ferramentas que ajudam a transitar para um momento mais abrasileirado do set.

FUNK

O funk (gosto de chamar como uma das vertentes da música eletrônica brasileira) hoje em dia em sua maioria são 130BPM, que é mais ou menos o BPM do tech-house atual também. Isso te permite fazer facilmente mashups e mixagens tonais e edits ao longo do set (como por exemplo o Seth Troxler mixou FBC no meio do set no Time Warp).

PRODUTO LOCAL

Última dica e mais importante: TOCAR MÚSICA ELETRÔNICA DE ARTISTAS BRASILEIROS. Costumo tentar trazer pelo menos 50% do set de artistas brasileiros e colegas de profissão, afinal, se a gente não toca a nossa música, como podemos esperar que os outros toquem?







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