Publicado em: 24/05/2024

Os festivais de música eletrônica são celebrados como espaços de liberdade, expressão e conexão. No entanto, por trás da batida pulsante e das luzes hipnotizantes, existe uma realidade muitas vezes negligenciada: a persistente cultura de abuso que mancha esses eventos.


O recente incidente no EDC Las Vegas é um lembrete alarmante dessa dura realidade. Enquanto os amantes da música se reuniam para celebrar, uma pessoa foi vítima de agressão sexual, enquanto outros permaneciam silentes, observando passivamente. Este é apenas um exemplo do que muitos têm experimentado, muitas vezes em silêncio, durante esses eventos.


É imperativo que enfrentemos essa questão de frente. Os festivais de música eletrônica têm a responsabilidade de fornecer ambientes seguros e inclusivos para todos os participantes. Isso não é apenas uma questão de entretenimento, mas também de direitos humanos básicos.


É hora de uma mudança de paradigma. Os organizadores de festivais, juntamente com a comunidade de fãs, devem se unir para criar uma cultura de tolerância zero para o abuso em todos os níveis. Isso significa implementar políticas claras de segurança, treinar equipes de eventos para lidar com situações delicadas e educar os participantes sobre consentimento e respeito mútuo.


Além disso, é crucial que os espectadores não sejam apenas observadores passivos, mas aliados ativos na prevenção do abuso. Devemos estar dispostos a intervir e apoiar aqueles que estão em situações vulneráveis, em vez de permanecer em silêncio.


Nós, como comunidade, temos o poder de moldar o futuro dos festivais de música eletrônica. Vamos transformar esses espaços em locais verdadeiramente seguros, onde todos possam se sentir livres para dançar, se expressar e se conectar sem medo. Juntos, podemos criar uma mudança duradoura e positiva.

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