Publicado em: 16/12/2022

Muitos sabem que o segredo para um bom set é a harmonia e a leitura de pista que cada artista oferece, seguindo o momentum ou vibe que é definida pelo coletivo presente entregue ao ritmo da música. Essa energia muitas vezes indescritível empregada pelo som é a soma de estudo, prática e pesquisa de cada DJ e não é uma tarefa simples por assim dizer. 

O DJ e produtor Afterclapp é um belo exemplo dessa expertise colocada nas pistas, seus sets trazem uma bagagem de elementos sonoros que contemplam Jazz, House, Lo-Fi e Hip Hop. Todas essas vertentes sonoras dão uma mistura e tanto se colocarmos no prato em porções separadas, mas o produtor consegue transformar tudo em uma vibe única, trazendo história musical, cultura e muito ritmo para as pistas. 

Dentre pistas nacionais e internacionais, o artista ilustra perfeitamente a atmosfera do Brasil e com todo seu know how já encantou pistas como as do Coala Festival (SP), Universo Paralello (BA), Fusion Festival (Alemanha), Le Mellotron (França), para mencionar algumas, pensa na responsa? Hoje o produtor divide um pouco desse conhecimento nos iluminando sobre seu processo na montagem de seus sets, unindo harmonia e vibe, acompanhe. 






Afterclapp


Como preparar um set harmônico unindo seleção e leitura de pista? 

Acredito que para mim (cada um tem seu próprio processo, né?) o segredo seja todo o trabalho que é feito anteriormente ao set. O principal é separar músicas a mais e com grooves diferentes para poder ter jogo de cintura na hora, de acordo com a reação da pista. Mas também ter as pastas de outros gêneros/eventos/sets organizadas para poder ter possibilidades. 


Quais foram seus erros e acertos durante a carreira?

Erros fazem parte do processo de evolução. Só não erra quem não arrisca, e quem não arrisca não evolui. Então, para mim, todos os erros tem um toque de acerto (risos). Mas em geral, o mais desafiador é ter que tocar em uma festa para um público que não tem nada a ver com o seu som. E aprender a conduzir esse tipo de pista sem perder a identidade é um processo que demorou anos, e com muitas tentativas e erros... mas ao longo da carreira fui me preparando cada vez melhor e criando vários caminhos e possibilidades sonoras a explorar. O pior erro para mim é não ter a música que encaixaria perfeitamente, não ter ela no pendrive ou no computador.


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