Publicado em: 10/03/2023

De uma geração que frequentou os clubs de música eletrônica “undergrounds” nos anos 2010 muitas são as lembranças das eternas noites que “startavam” com o warm up na faixa dos 115, 118 Bpm´s. De fato, foi uma época onde se ouvia muito deep house por todo lado. Hoje, pode-se observar outras vertentes sendo mais presentes nos line-ups, como o progressive house, o techno melódico, o tech house, deep tech o indie dance. Quando pensamos em projetos como Adriatique, Solomun, Danny Daze, Lee Foss, Adanna Twins, Hosh, temos em mente alguma referência quanto ao estilo do artista, podendo ser considerados idealizadores de faixas com características diferentes entre eles... Entretanto, se voltarmos no tempo e buscar alguns álbuns e EP´s, é possível ver que muitos desses nomes foram autores de tracks onde o selo do Deep House está gravado com muita clareza. Em 2012 alguns Ep´s como “Bodymovin” de Adriatique, comparado aos lançamentos do Duo pela atual gravadora Afterlife, destoa de suas atuais produções, do deep house da década passada evoluindo para o techno melódico. 

“Deep House e o House foram a minha escola e sempre vão ser... logo que conheci a vertente, me deparei com grandes nomes como Karmon, Betoko, Solomun, Silicone Soul, Climbers Grey Sky... uma faixa que marcou muito em meados de 2012-2013 , foi a ''Betoko - Raining Again (Original Mix)”. - V.ict (Whoyostro / Lethal Dose / Low Groove / minim.all label  / P.U.N.C.H.I.S. / Tonic D) - DJ/ top 100 Beatport 2016 e 2017.

A pergunta que vem a mente daqueles que curtiram a passagem dos anos nas casas de show daquela época até hoje pode ser “O Deep House desapareceu?”. A resposta é “não”, não só continua presente nos lines como também surgiu em uma faixa temporal bem mais antiga que os anos 2010. Com Larry Heard, Tony Humphries, Marshall Jefferson, Robert Owens, Kerri Chandler, Ralph Rosario, Mood 2 Swing e alguns outros artistas, a cena dos Estados Unidos já bombava com produções que se classificavam como “Deep House”, trazendo elementos do Jazz, Funk Americano, e claro, uma bass line bem presente. 

“Hoje vejo o deep tech mais atuante do que o deep house, a cena deep house no pais esta menos quente mas ela ainda existe e é uma das mais antigas… Marshall Jefferson, Kerri Chandler, Robert Owens, posso dizer que foram  minhas referências ” - Haustuff ( F.O.K, Houzier, Variety, Faina Music, Piston Recordings)

Nascido em um tempo no qual Adriatique, Betoko, e outros nem sonhavam com os grooves do deep house, o estilo ganhou muitas variações das décadas de 80, 90 até hoje. Com o tempo, novas tendências chegam às pistas, com recursos de produção novos, tendo mais “vertentes concorrentes”, mas o deep house continua no set de alguns artistas, muitos foram pra outras  linhas de som, mas sempre será uma das subvertentes mais marcantes do house! 

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