Publicado em: 07/09/2022

Quando questionado sobre sua identidade sonora, o artista responde que quem afirmar que "o Ursound toca X estilo", estará mentindo. E a declaração não poderia ser mais verdadeira, afinal, um de seus pontos fortes é a versatilidade com que entrega música de qualidade. É fato que raramente DJs e produtores querem se auto delimitar a um estilo somente, porém aqui, o trabalho eclético do jovem gaúcho tem inspiração em nomes de peso. 

Renato Ratier e Eli Iwasa são os artistas nacionais em que Ursound se inspira para transitar com classe por diversos gêneros do eletrônico underground. Como ele mesmo defende, quando as lendas estão compondo um line-up mais "houseiro", eles detonam no House, e quando se apresentam em uma festa mais voltada ao Techno, segue, conduzindo a pista com maestria.

Atualmente, o DJ exerce esse talento camaleônico devotamente na residência da Sunset Sessions, Infusion, Unity, Engenho Club e Techno Pampa. Hoje, conversamos com ele para saber mais sobre os desafios e a importância dessa identidade maleável. Confira! 


About DJs: Olá, Gabriel! Prazer em conversar com você. Já que é sua primeira vez aqui conversando com a gente, vamos começar contextualizando como iniciou sua afinidade com a música eletrônica e de que maneira iniciou no ramo. Conta mais?


Ursound -  Sou músico desde criança, os palcos me acompanham desde pequeno. Fiz minha primeira audição de piano com apenas 7 anos, e desde então os timbres e ondas sonoras fizeram parte de todos os meus dias. Aos 12 comecei a tocar bateria profissionalmente e desde então nunca mais me distanciei dos palcos. É possível dizer que eu prefiro fazer dançar do que dançar (risos).


About DJs: Bom, já são cinco anos na carreira de DJ então, certo? Durante toda essa trajetória, qual característica sua, além da versatilidade, você considera um ponto forte nos sets?


Ursound - Sim, completei 5 anos de carreira em Julho desse ano. Acredito que algo muito forte e presente em minhas apresentações é a minha entrega total quando subo no palco e assumo a cabine. Cada gig é única, e estou ali presente de coração, dando tudo de mim e vivendo ao máximo aquele momento mágico.


About DJs: Agora falando da importância de ter a adaptação como uma habilidade. Sempre foi algo inerente seu ou você percebeu ao longo do tempo com a necessidade?


Ursound - Acredito que essa minha facilidade na adaptação tem muito a ver com o meu passado, quando fui baterista durante anos de bandas de baile, que tocavam desde Beatles e Maroon 5 até Luan Santana e Bruno e Marrone. 

Além da adaptação, tenho certeza que a escola da música também me ajudou a ter percepção e sempre estar atento à pista de dança, a analisar e respeitar os momentos de uma grande noite de festa e muita música.


About DJs: Você já viveu algum momento assim de tensão em que teve que modificar o que havia planejado tocar? Se sim, como foi isso? Deu tudo certo no final? 


Ursound - Já passei por algumas situações em que precisei mudar totalmente e planejado e levar o rumo do meu set para algo que eu nem imaginava. Uma situação bem marcante foi minha apresentação em Montevidéu, pois toquei em um horário consideravelmente cedo, assumi a cabine à 01h da manhã, tinha programado um som mais tranquilo, quando a pista já estava fervendo e pedindo mais e mais, foi divertido demais!


About DJs: Para encerrarmos, tens alguma dica para passar a outros DJS sobre como construir um set que seja maleável a diversos momentos de pista?


Ursound - Algo que eu sempre procuro fazer em minhas apresentações é olhar pra pista e estar atento ao que ela me diz. Olhar nos olhos das pessoas que estão ali e procurar ter sensibilidade para conduzir esse momento que será único e não se repetirá.

Gosto de criar momentos, ora mais introspectivos e sérios, ora mais alegres e extrovertidos. Acho que essas nuances sonoras provocam sensações muitas vezes inesperadas na pista, e quebra a monotonia de um set muito linear durante horas.


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